Esta coleção é, de acordo com o próprio, a sua "interpretação sobre um dos ícones da música sacra - o Stabat Mater". ."As diferentes representações da mãe de Cristo na Arte Sacra ao longo dos tempos são o ponto de partida para uma história de contrastes", refere-se no texto de apresentação da coleção, e isso nota-se nas silhuetas que variam entre as linhas austeras e anatómicas. A música sacra está também presente nos acessórios, com jóias de inspiração religiosa..Os desfiles de hoje, o último dia desta edição, arrancaram pelas 14:30 nos corredores dos Paços do Concelho, na Praça do Município, onde Catarina Sequeira apresentou a coleção da Saymyname para a próxima primavera, inspirada no "Baye Fall, subgrupo da irmandade Mouride - grande ordem do sufismo Islâmico mais proeminente no Senegal"..Catarina Sequeira explica que "as suas vestes 'Njahas', consistem em pequenos pedaços de diversos tecidos multicoloridos e inspiram os cortes geométricos e blocos de cor de uma forma minimalista". .Nos materiais, a estilista optou pelo crepe elástico, o nylon, o linho estruturado, e uma imitação de papel metálico. Já as cores, variaram entre o preto, o branco, o azul e o verde..Depois, no mesmo local, foi a vez do estreante Luís Carvalho desvendar as suas propostas. As roupas criadas por sim explicou à Lusa, são uma "mistura de descontraído e clássico, peças 'clean' com atenção ao detalhe".."Shelter" (abrigo) é o nome da coleção que trouxe à ModaLisboa, em que "o efeito manchado evidente no estampado e criado nas sombras das diferentes layers, bem como o efeito metalizado, provem das pedras que constroem este 'abrigo'"..Depois, pelas 17:00, os desfiles prosseguiram no Pátio da Galé. A coleção de Pedro Pedro para a primavera/verão de 2014 "apropria-se do visual masculino colonial e militar e transfigura-o, cumulando-o de pormenores ricos e 'over decorated' [denasiado decorados], de transparências sensuais e femininas"..Nas cores, Pedro Pedro optou por tons sóbrios como o branco, o bege, o cinzento e vários tons de verde. Os tecidos utilizados nas peças vão dos algodões às organzas, passando pelos veludos, os tafetás e as peles bordadas..A dupla Marques'Almeida trouxe à ModaLisboa, a coleção que desvendou em setembro na semana da moda de Londres, Inglaterra. Marta Marques e Paulo Almeida voltaram a inspirar-se na década de 1990, particularmente no movimento grunge, "o ADN da marca", mas desta vez foram mais longe, até ao início dos anos 2000.."A 'vibe' grunge existe, mas junta milénio, festa e o fascínio com o Oriente", explicaram. Esta influência nota-se nos cortes ao estilo quimono e no uso de tecidos como organzas mais brilhantes e tops drapeados..Já Ricardo Preto criou "as estruturas fluidas e as volumetrias do quadrado e da esotérica pirâmide" das suas peças para a próxima primavera, através do cruzamento em tecidos da "Bauhaus e do hiper-realismo".."As cores que pontuam o sonho do próximo verão são: preto, branco, cru, verde-esmeralda e azul menta", disse..Aleksandar Protic inspirou-se na "escultura de Icarus da Zlata Markov, pôr-do-sol, voo", para criar a coleção que apresentou hoje, onde as peças têm uma estrutura "fluída e casual" e onde dominam as cores cinzento e preto e materiais como seda, linho, algodão e pele..Seguiu-se a coleção dos White Tent, que "tem como base de inspiração os uniformes de Judo" e cuja paleta de cores varia entre o azul, o rosa pálido e o branco.."Esta coleção vê também a introdução de folhos à usual linguagem minimal da marca. A nível têxtil, efeitos como tye-dye e tingimento vegetal são protagonistas, juntamente com malhas índigo", explica o texto de apresentação da coleção. .A ModaLisboa regressa em março, para a apresentação das coleções para o inverno de 2014/2015.